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A IMPORTÂNCIA DO PAI NA MULHER NAS CONSTELAÇÕES SISTÉMICAS FAMILIARES







“Todos crescemos com o peso da história em nós. Os nossos antepassados habitam nos sótãos da nossa memória, tal como nas cadeias espiraladas de conhecimento escondidas em cada célula dos nossos corpos.”

– Shirley Abbott –


O Pai e toda a linhagem paterna é onde vamos buscar a nossa força para a vida, onde conseguimos nos resgatar, recompor, recriar, recuperar e curar. Pela mão do pai exploramos, testamos os nossos limites e arriscamos na vida. Mas enquanto seres humanos só ficamos completos quando resgatamos ambas as partes, o pai e a mãe.


Torna-se por isso importante que o teu olhar aconteça e permaneça entre os “pedaços” que te deram vida – Pai e Mãe. Quando ambos se olham e se respeitam, tudo fica mais claro e a criança pode ser vista. A partir daqui é possível ficar em liberdade. Tudo o que representa o masculino na tua vida e a forma como ele é visto, trazem uma maior amplitude e possibilidade de atuação. “Poder integrar ambos em cada um de nós é fundamental no processo de facilitar o outro”. E quando te sentes completa e estando mais completa fica mais fácil a tua completude.


Estarmos conectados connosco mesmos é sentirmo-nos presentes em nós mesmos, conectados com a própria essência. É dizer “sim” a si próprio quando os outros querem que se diga “não” a si mesmo para lhes dizer “sim” a eles próprios. E, obviamente, assumir a sua responsabilidade em cada pormenor ou aspeto da sua vida, de forma totalmente consciente. Isto representa uma aceitação total da sua vida tal como ela se manifesta, uma aceitação total de si mesma/o, o que implica uma aceitação total daqueles que se carrega dentro de si, pai e mãe.


Todos somos uma parte da herança dos nossos antepassados familiares, quer pelo código genético, quer pelas tradições culturais. É impossível escaparmos disso. Desde o primeiro minuto em que respiramos neste mundo, somos imbuídos pela cultura: familiar, organizacional, etc. Desde logo, somos moldados nos modos de sentir, de viver, de nos expressarmos, nas crenças, até no tipo de julgamentos que por vezes fazemos de forma tão inconsciente. A abordagem transpessoal vem permitir enquadrar (ou contextualizar) esses “modos”, atitudes e comportamentos que tantas vezes vemos repetimos, sem saber muito bem como e nem porquê, e repetimos porque também vimos alguém fazer e que, por sua vez, também repetiu de outro alguém algures numa geração lá atrás.


As Constelações Familiares, através do incontornável contributo de Hellinger – assim como de outros autores – vieram permitir desfiar essa trama tão complexa de ligações, numa teia quase “ancestral” que tolda os pensamentos e as ações em cada um de nós. Através de uma visão sistémica que alcança não só todo o sistema familiar do constelado, mas de qualquer um dos participantes, somos conduzidos até à consciência dos papeis e ligações sociais que vamos vivenciando familiarmente e que nos revelam traços de carácter e de personalidade. Diria que, cada traço é também um traço do rasto familiar daquela pessoa. E, como sujeitos sociais que somos, esta visão sistémica permite ir ainda mais longe, expondo o modo como nos interrelacionamos e curando-o com amor, respeito e sem julgamento. Movendo-nos intencionalmente de forma emocional e, deduzo, visceral.


O ser humano não é só carne, nem pensamento. Aliás, é todo ele energia como a cadeira onde tu te sentas ou o ar que tu respiras. Cada um de nós é a herança do que são a nossa mãe e o nosso pai. Metade de ti é metade do pai e da mãe, metade dessa herança física e de traços psicológicos dos nossos progenitores. Logo, se uma das metades corresponde aos nossos pais, então temos sempre de lembrar sempre que também os nossos pais são uma metade da herança genética dos pais deles, que marca também os traços deles como pessoas. E por aí fora na cadeia familiar. Deste modo, todos somos uma extensão dos nossos antepassados. E, como a família é a unidade de uma sociedade, então todos também somos uma extensão social de tudo aquilo que viveram os nossos antepassados, socialmente. Isto cria um pensamento coletivo, na maioria das vezes inconsciente (senão sempre). E é isso que devemos procurar trazer à nossa consciência, sobretudo a parte que corresponde a que cabe a cada um de nós trabalhar interiormente e curar. Isto não tem nada de misticismo, ou de vidas passadas. Isto é a Vida, tal qual como ela é.



"O que uma geração deixou por resolver, será encargo da próxima, inconsciente e inocente, tentar resolver. E assim, presa à temas e assuntos que não são realmente a sua responsabilidade, há uma transmissão transgeracional de problemas familiares que, por vezes, criam uma cadeia de destinos trágicos ou difíceis" - “Por meio deste trabalho e destes movimentos da alma, como os denomino, podemos ajudar estes dois lados a se compatibilizarem. Então todo o sistema fica curado.

- Bert Hellinger -



Pirâmide Espiritual Terapias – Dalila Monteiro

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